domingo, fevereiro 01, 2004

Acerca da arte de embalsamar diplomas

Travam-se entre sorrisos
Batalhas de subentendidos
Os olhos dardejam
Arrogantes lampejos
As sobrancelhas regem
Como batutas de indiferença
É suposto entender-se os códigos
Das insofismáveis
Feiras de arquétipos
Ah o ser eu mais que tu
Mas o outro acha que não
Que ele é mais que tu e eu
E sorrindo se vão fuzilando
Ai se fossem de aço os pensamentos
Que se cruzam no espaço
Que limpeza se faria
Neste campo de batalha!
O meu tabu é mais elevado que tu!
Mas nada há que derrube
Os muros de cimento armado
Do meu inabalável egoísmo
A minha arrogância vale muito mais
Que a tua experiência de vida

Saberás quantos manuais li
Acerca da arte de embalsamar diplomas?!


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